sábado, 2 de enero de 2016

Um brechó para fazer da volta às aulas algo menos pesado

Porque nem toda a compra de livros é prazerosa, e menos em época de crise, soube na semana passada de uma ótima solução que os pais de uma escola de São Paulo vêm tomando há dez anos para aliviar um dos piores gastos da volta às aulas: a compra do material escolar. 

E como a inflação não perdoa, o material escolar ainda ficará
10% mais caro este ano (fonte: http://goo.gl/uQ1MbX). 
Quem não teve em casa acúmulo de livros escolares cuja vida útil não passou daquele ano, porque o seguinte irmão, ainda estudando na mesma escola, teve de se adaptar a um programa distinto quando chegou à mesma série? Pois é. Em qualquer caso, o peso do gasto em material escolar no orçamento familiar não é brincadeira. Imagino a frustração - por enquanto só dá para imaginar, porque minhas pequenas ainda não precisa de livros para a escola - dos pais gastarem um dinheirão na compra de uns livros que possivelmente nunca mais serão usados. Desse jeito, sendo realistas, nem dá vontade de conservá-los para o caso de que sirvam de material de reforço no futuro.

É por isso que a solução adotada por esses pais paulistanos deveria ser copiada no mundo todo, enquanto esse material for útil. Cada ano, antes do retorno às aulas, a escola se transforma num mercadinho. Segundo informação do portal UOL, funciona assim: 
Durante três dias, são arrecadados livros usados. Para cada unidade doada, a família recebe um vale-livro. (Depois, num domingo, ocorre a troca): o aluno que levar o vale mais R$ 3 pode pegar um livro da lista que usará em 2016, das 8h às 10h. Depois deste horário, todos serão vendidos por R$ 6. (...) Com a feira, os pais chegam a economizar R$ 1.000. "A lista, com o material e os livros, custa em média R$ 2.200. Algumas mães do ensino fundamental 2, por exemplo, falam que economizam de R$ 800 a R$ 1.000 por meio do evento", explica Aparecida Gonçalves de Oliveira, funcionária do Colégio e uma das organizadoras do evento.
Um viva às boas iniciativas! Só espero que o sistema aqui não seja (ou não se torne) tão instável quanto na minha época, quando os livros usados por mim já não chegavam a ser usados pelas minhas irmãs. E mesmo entre elas, estudando com apenas um ano de diferença, quase não tinham livros que passaram de uma para outra, por conta da absurda e insistente mudança dos livros. Mas isso é uma guerra paralela, contra o monopólio e a sede de negócio de algumas editoras. Hoje ficamos só com a boa notícia paulista para começar o novo ano.

Feliz ano novo! E, quem sabe, com bons livros velhos!  

2 comentarios:

Palentino dijo...

Lo leí en facebook. Buena iniciativa! esperemos que algún lobby editorial no se la cargue

elestantecombado dijo...

Infelizmente, por lo que me han confirmado en España los lobbys editoriales están años luz por delante de iniciativas como ésta.